Eu vinha escrever... Mas não vou. Não vou fazer mais um post cansativo a tentar explicar os meus desvarios mais para minha própria compreensão do que para quem me lê...
Não vou dar tempo de antena a terrores artificiais e ansiedades fúteis de sítios que ainda não vi, de palavras que ainda não ouvi, de gente que não vejo... As pessoas de todos os dias metem-me medo; os cheiros são todos intoxicantes; as cores são todas estridentes; as paredes demasiado apertadas (ou demasiado frágeis, se o objectivo for proteger-me dentro delas); os espaldares das cadeiras, sufocantes; as palavras, plásticas; a minha respiração, ofegante; as minhas mãos geladas; a minha pulsação, desvairada. Ansiedade, pânico, claustrofobia são palavras muito feias mas demasiado leves e curtas para exprimir... E, enquanto tudo isto me passa pela cabeça, por uma ridicularice, só porque um gatilho foi pressionado, as pessoas continuam as suas conversas e interacções e movimentos...
Faltam-me as palavras e esta insanidade indizível, vinda sabe-se lá de onde, paira por aqui, dona do pedaço, mais por sugestão, porque já aconteceu antes, do que por alguma ameaça real e premente...
Quão avariada sou? E, por me ter dado conta disso, de que dou demasiado tempo de antena a esta treta, resolvi não escrever este post... Mas já que aqui estou, não resisto a partilhar um tesourinho do Facebook que, dadas as circunstâncias, parece ser sobre mim: