No final, quando o Duarte me perguntou o que tinha achado, resumi o livro da seguinte forma:
se não deixasse esta sensação de insatisfação, não seria grande livro. Seria apenas um livro bom de ler...
O livro aborda de uma forma muito límpida e simples o tema da morte, das "máscaras" que lhe damos, da forma compulsiva como a escondemos do nosso dia-a-dia.
Temos uma personagem principal verdadeiramente cativante, Nathan. Aos 8 anos tem uma experiência de quase-morte, ao tentar salvar a sua melhor amiga, e futura mulher, de morrer afogada num lago gelado. Agora, adulto, advogado bem sucedido, separado da mulher, a vida que conhece tem uma estranha reviravolta quando Nathan é confrontado com a proximidade e omnipresença da morte, a razão pela qual sobreviveu na infância e o seu papel (e através dele, de todos nós) neste mundo.
Não há suspense ou grandes mistérios, é na simplicidade que reside a obsessão por este livro. Como se, aquele estranho efeito de valorizar as pequenas coisas como sentir o sol na pele ou cheirar café, quando se sabe que se vai morrer, nos fizesse também valorizar a subtileza doce e adorável deste livro. E fica aquela sensação de que há muito para "marinar", muito sumo para espremer... mas o final é bom o suficiente para dar um desfecho sem responser a todas as perguntas. Como se nos mostrasse a porta, mas nos deixasse sozinhos para passarmos por ela e procurarmos por nós as repsostas.
Gostei... gostei muito!
...e acho que vou ler outro deste autor... =)
Briseis como consegues ler tantos livros? O tema é um dos que me fascina, vou apontar. Beijinhos
ResponderEliminarSinceramente, não sei responder... quando dou por ela, já está mais um lido... é um ar que lhes dá... =)
EliminarNão conheço o autor nem o livro. Os próximos livros a ler já estão enfileirados na estante, mas depois é uma sugestão a considerar... :)
ResponderEliminarPor "quando sabemos que vamos morrer", querias dizer "quando sabemos que vamos morrer dentro de pouco tempo", não? ;)
Teté, era isso... =)
EliminarNavegando, encontrei este espaço, vou ficar e acompanhar...
ResponderEliminarNita, obrigada! bem-vinda!
EliminarEstive hoje com esse livro na mão, ma como não era a segunda feira da Bertrand, vou ter de esperar.
ResponderEliminarBeijos e bom fs
Carlos, caso chegue a comprá-lo, espero que goste! =)
EliminarÉ um assunto delicado, e a única certeza da vida. Não deixa de ser engraçado. Porque temos tanto medo de morrer?
ResponderEliminarUma boa semana :)*
Temos medo de tudo o que é desconhecido. Tão simples quanto isso.
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