...devagar mas certamente. É difícil fazer a mente descansar após tantos anos com o modo "alarme" e "medo" activados. E também é difícil, ao fim de quase dez anos de fugas às situações causadoras de ansiedade, medicações a camuflar sintomas e a deixar-me sonolenta, e terapias incompletas, esquecer o medo de arriscar, retirar a pressão negativa sobre alguma fragilidade, que parece logo ser um falhanço épico enquanto a gargalhadinha desdenhosa do Universo se faz ouvir, como que a dizer "hihihi... Pensavas que estavas livre disto..."
Assim sendo, um obstáculo gigante a ultrapassar é a nossa própria descrença.
Tomo uma decisão, saio do meu caminho, da minha rotina, aceito fazer algo diferente, é mais um passo. Lá vem sempre roer-me a serenidade o medo da reacção dos que me são próximos, de que me questionem, que não compreendam, que reprovem, que julguem que esse tempo lhes é retirado directamente a eles... Quando alguma censura a esse respeito vem, o instinto é responder "não pensei, não tive essa intenção, lamento". Hoje, porque tomei uma decisão diferente do habitual, voltei a sentir aquele medo, a resposta instintiva voltou a formar-se mas foi seguida de um pensamento inovador: "estou a fazer algo porque me apeteceu. Porque me pareceu ser bom, porque será bom para mim".
Algo tão elementar como o respeito por si próprio, a aceitação de si próprio, em detrimento dos outros (que, na verdade até nem estão a ser prejudicados em nada) está a crescer em mim.
"estou a fazer algo porque me apeteceu. Porque me pareceu ser bom, porque será bom para mim"
ResponderEliminarAcabo de fazer exactamente o mesmo.
Quem não gostar, paciência!
Tao simples assim, Pedro! É isso mesmo!
EliminarB repara nas atitudes dos outros, achas que eles agem segundo a tua vontade ou pensando se te beneficiarão ou se te farão mais feliz? Não. Fazem o que lhes apetece e nem sequer pensam qual será a tua opinião sobre as atitudes que têm portanto...Pensa em ti minha querida, no que te apetece fazer, no que te faz feliz. Olha já vivi em função dos outros e para agradar aos outros, sabes que consegui? Anular-me completamente e para cumulo ninguém se apercebeu, nem valorizou, a minha dedicação. Se os outros não gostam, paciência, desde que tu gostes, afinal de quem é a vida? Tua ou deles? Se errares não te preocupes, tudo tem solução, só a morte é que não e todos os erros, como sabes, ensinam-nos alguma coisa. A pouco e pouco vais conseguir viver a tua vida. Beijinho grande
ResponderEliminarAcho que já tinha comentado, não? Pensa em ti que os outros fazem o mesmo. Todos lutamos para vivermos satisfeitos mas nem todos pensam em cima em primeiro lugar. Eu vou lutando para me pôr em primeiro lugar e hoje só ponho os animais antes de mim porque eles precisam sempre de nós e dependem de nós. Beijinhos
ResponderEliminarMary, obrigada pelos dois comentários! Andei um bocadinho desleixada e só agora os publiquei... Assim à primeira vista pode parecer errado dizer "a partir de agora vou pensar em mim", mas no meu caso isso precisa ser mesmo uma ordem! Uma prioridade! Obrigada! Um beijinho
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