As pessoas que me rodeiam vão-me desiludindo.
A besta do facebook recebe-me com fotografias antigas porque acha que eu vou gostar de recordar que neste dia, há 4 anos atrás, estava mais feliz do que estou hoje, a passear e a descobrir sítios novos e acompanhada da pessoa que me fez tão feliz.
Toda a gente faz planos melhores do que os meus, mas sinceramente eu não tenho pachorra nem energia para fazer planos iguais ou semelhantes.
O calor deixa-me rabugenta e irritável, mas a outros parece que lhes diminui as faculdades cognitivas, só me saem empecilhos e monos.
Desespero e desanimo... não sei se o que tenho em mim é mais tristeza ou raiva.
E chafurdo neste mau humor, rebolo e cubro-me toda com ele. Não tenho vontade nem imaginação para mais. Não vou levantar a cabeça e endireitar os ombros só porque me dizem que é o melhor que posso fazer. Se não me apetece, se não estou nesse estado de espírito, vou ao menos ser verdadeira.
Se dentro de mim a luz hoje está apagada, então não vai haver artifícios luminosos nas janelas só para que quem passa de fora pense que está tudo normal.
O facebook é uma janela assim como essa que, hoje, não queres para ti. Pode a coisa estar negra mas à janela só se pendura a felicidade.
ResponderEliminarLuisa, obrigada pelo comentário, que me reconfortou de duas maneiras. Porque pode ser interpretado como referindo-se à ilusão que são as alegrias publicadas no facebook, mas também como dizendo que dentro de nós as coisas podem estar apagadas mas mesmo assim as nossas janelas devem estar sempre iluminadas.
EliminarSe as nossas janelas estiverem sempre iluminadas quem passa não parará para nos desejar uma boa noite. Será isso que queremos? Ou queremos um ombro amigo?
ResponderEliminarBeijinhos
que bonito comentário, Mary! obrigada..
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