30/10/2013

oubelá.... mas tu és burro/a, ou comes merda às colheres?

Aceitam-se sugestões de frases mais polidas para mandar àquela parte pessoas "escusadas" (para não usar vocabulário mais colorido).
Eu sei que este tipo de palavreado não é adequado a uma "sô dona leide", mas há momentos em que nada mais ocorre.
As pessoas andem aí. Pessoas. Algumas são muito Pessoas, outras são-no muito pouco. Entre umas e outras, o dilema de decidir a todo o momento se me atiro ao ar, se parto a louça, se aceito e tenho paciência porque, enfim... ninguém se faz... Quiçá? serei eu que estou errada?? Ohhh...mas é o drama... o horrore! ...lidar com Pessoas. Há dias em que preferia lidar com bichos...

27/10/2013

Sugestão...

Estão aborrecidos? Acabaram-se as vidas no Candy Crush e a próxima só é ganha daqui a 22 minutos? Ainda não deram a dose diária recomendada de sorrisos e/ou gargalhadas??
A vós, que desesperais, dirijo a minha sugestão... Adicionem ao vosso blog a aplicação Google Tradutor e divirtam-se a ver como ficam os vossos posts em Iídiche, Persa, Chinês ou, melhor de todas, em Inglês...
Retirei a aplicação logo, LOGO. No mesmo minuto. Pessoas refinadas como eu (e vocês, certamente) preferem ser compreendidas apenas por um grupo mais ou menos pequeno de leitores (se bem que os falantes de português não são assim tão pucos), mas convictos de que nos exprimimos no nosso melhor latin...
 
Mas é giro experimentar...

26/10/2013

Um post diferente sobre religião

Sou católica. Das praticantes. Embora não perceba fundamentalismos ou idas a pé a Fátima. Já me envolvi em discussões mais ou menos acesas contra quem, não contente com ser ateu, faz questão de tentar convencer os outros de que a Fé é estúpida. Não gosto disso. Eu não digo a um ateu "tás errado e eu tou certa", digo-lhe "eu acredito por isto; tu não tens a mesma experiência, é pena...". Já eles, dizem, e com maus modos, "estás errado, o teu Jesus é uma fraude, o teu Deus é um palhaço e o teu Papa é um chulo".
O meu amor deu-me um terço, comprado a uma senhora velhinha que os vende numa banquinha, julgo que no Dolce Vita do Dragão. As contas são pedrinhas brilhantes como pérolas e o que as une é uma renda finíssima. Vem num saquinho feito da mesma renda e é uma peça delicada que adorei receber e que anda sempre comigo, na mala. Não está benzido. Não preciso. O padre que mo benzeria e o coro de pessoas que andam sempre de volta dele desiludiram-me em grande escala nos últimos meses/anos. Como na política, também na religião um grupo minoritário impõe as suas ideias e lança simpatia e dons às mãos cheias aos que lhe podem dar algum benefício. Os restantes, não interessam, não importa agradar. Não se perdoa. Recusa-se catequese a uma menina que, por ser filha de pais separados e ir passar os fins de semana alternadamente com um deles, só pode frequentar a catequese semana sim-semana não, porque o pai vive noutra terra. E assim, a menina não precisa ir incomodar-se porque de qualquer forma não vai respeitar o limite de faltas estipulado.
Eu não quero um padre destes a benzer o terço dado pelo meu amor. Não quero um padre que diz aos fiéis, durante a homilia, em que candidato às Autárquicas devem votar. O meu terço vale mais do que isto, só por ter sido bordado por uma senhora velhinha e por ter sido comprado pelo meu amor e oferecido com amor.
Acredito no meu Deus, rezo ao meu Jesus, mas que eles estão muito mal representados nesta Terra, isso estão...

23/10/2013

"Sapatos de Rebuçado", de Joanne Harris

 
Antes de mais, siiiiiiiiiiiiim... vou voltar a escrever sobre os livros que leio... embora me tenha dado a preguiça nos últimos tempos (muito por culpa de agora ter um livrinho fofíssimo oferecido pelo mais-que-tudo para anotar todas as impressões deixadas pelos livros), confesso já sentir um bocadinho de saudades da troca de opiniões sobre as leituras...
 
Acabei há poucos dias de ler "Sapatos de Rebuçado", da Joanne Harris... Essa senhora com quem eu tenho um problema de indefinição, porque gostei muito do "Vinho Mágico" e do "Valete de Copas, Dama de Paus", mas achei "O Rapaz de Olhos Azuis" e "A Praia Roubada" enfadonhos... Toda a tremer, lá me atirei a este livro, obtido através de uma troca feita numa página do Facebook dedicada  a isso... E gostei muito... Gostei tanto que, enquanto leio o livro que estou a ler agora (e que ainda não vou dizer qual é) sinto saudades da atmosfera calorosa, colorida e com cheiro a trufas que encontrei neste livro.
Eu não li o famosíssimo "Chocolate", apenas vi o filme, mas este livro é como que uma continuação. Trata da nova aventura vivida por Vianne e Anouk, depois de terem deixado Lansquenet, levadas pelo sempre caprichoso vento do norte. Há magia, rituais, amuletos e "tsk tsk" na dose certa, que encantam sem roçar a fantochada. Surge uma nova e misteriosa personagem, Zozie, que vive a roubar identidades de pessoas mortas. E é ela, com a sua obsessão em roubar a história de Vianne, quem provoca um reencontro desta última com o passado e com o seu verdadeiro Eu, de quem havia fugido há muito tempo.
De forma bastante original, a história é contada a três vozes, sendo Vianne, Anouk e Zozie narradoras alternadas entre capítulos, o que nos oferece três perspectivas sobre uma mesma história.
Gostei, senti-me absorvida. E agora, se a tradição se mantiver, o próximo livro que vou ler desta senhora vai ser um rotundo desastre. Tremo.

18/10/2013

greatness

 
A quantidade de coisas que poderíamos ser...! Cada um de nós. Somos comodistas ou somos inconformados. Há um rol de prós e contras para cada um e os dois podem ser igualmente (in)felizes. Mas hoje dei por mim a pensar na quantidade de coisas que poderia ser. Na quantidade de livros que poderia ler. Em todos os sítios onde poderia, se quisesse, viver. Nas pessoas com quem me poderia dar, se as tivesse escolhido ou elas a mim. Na quantidade de trabalhos e actividades com que poderia encher o meu dia, todos os dias. Coisas que não são utópicas, atenção. Não falo de ter uma moradia numa ilha do Dubai. Falo de coisas realizáveis, assim o meu interesse ou empenho tivesse desejado.
Há dias em que pensar nisto, em todas as possibilidades, é asfixiante. Porque o ponto onde nos encontramos parece sempre mesquinho quando comparado com tudo o mais que poderíamos ser. Porque pensamos sempre no "mais". Não pensamos no "menos", no que poderia ter corrido mal.
Mas hoje, não. Hoje penso nessas possibilidades e fico satisfeita por estar aqui. Se poderia estar melhor, mais realizada e acompanhada e ocupada e cultivada? Podia. Podia ter um blog fabuloso e edificante, cheio de opiniões iluminadas em vez de vir só falar de mim e dos meus achaques...
Mas gosto do que sou e gosto de estar aqui e estou confortável. E isto pode não ser o melhor ou o maior que eu poderia ser, mas que sabe bem, sabe.

17/10/2013

Ei... estamos no outono!

Estou hoje de um azedume que chega a ser ridículo... o dia de trabalho, depois de dois de folga, foi acolhido como se de uma segunda feira se tratasse, no mau sentido. Sim, porque eu até costumo saudar as segundas feiras com bom humor... O trabalho foi particularmente aborrecido e monótono e nem o ginásio me animou. Não sei. Estou como o tempo. Cinzentão e frio e a ameaçar piorar. Ainda vai haver trovoadas...
Sorri pouco hoje... mas que querem? nada me entusiasmou ou divertiu. Foi um dia absolutamente inóspito... Nem sequer estive com o meu respectivo. Se bem que, dado o meu estado de acidez, talvez isso tenha sido bom. Porque, e aí é que eu queria chegar, eu não quis animar-me. Não me esforcei por conversar ou me entreter. Estive outonal e aceitei o estado. E, tendo em conta que ultimamente ando toda dengosa e é só amoorrrrrrree e coraçõezinhos a flutuar à minha volta, até apreciei estar de pés na terra. Reconheci-me um pouco. Fico mais atenta e introspectiva assim. Estou outonal, but i like it...

06/10/2013

Sensação "Bolo de Chocolate no Forno"

Aquela sensação maravilhosa de cheiro e calor e antecipação fumegante. É das melhores coisas simples do mundo... Ninguém pode estar mal humorado ou triste quando se tem um bolo de chocolate no forno. É como.... é como se fosse droga, droga cheirosa que se espalha pela cozinha e depois pela casa e depois pela vizinhança e vai-se infiltrando em nós e elevando-nos o humor.
Ter um bolo de chocolate no forno é prenúncio de algo saboroso. Literalmente. E é uma excelente forma de acolher estes primeiros dias de frio.

Eu sou a Briseis. Sou sonhadora, mas de uma forma muito pouco hipócrita. A minha utopia vem com uma boa dose de realismo embutido.
Sou a Briseis e não me reconheço desde há uns meses para cá. Os meus medos e os meus senãos, os meus "mas" e os EUs, ficaram pequenos. E se me dissessem há um ano o que eu seria hoje eu teria rido até desmaiar... Ou chorado, por ser bom demais... Enfim, a vida dá cambalhotas ninguém me garante que a sua rotação tenha terminado ou vá estacionar por muito tempo mas, enquanto isso, eu faço bolos de chocolate e espero que este seja o melhor Outono de sempre...