27/06/2010

Em suma...

"Se os outros me abandonam é porque devo estar a aproximar-me do essencial."
Casimiro Brito

Ora, nem mais...

25/06/2010

Há coisas fantásticas...

E, no meio de tanta treta, de tanta revolta e de tantos sentimentos feios e atitudes erradas (falo da minha parte), eis que ao falar sobre isso com as pessoas mais insuspeitas descubro que não deve haver culpa, que é uma situação ridícula e fútil, da qual já me devia ter desfeito há 500 anos... Certamente não com o desfecho que teve agora, mas de uma forma digna, limpa e saudável. Como não o fiz na altura devida, agora acabou por ficar a pintura um pouco borrada mas, na essência, continua a ser a coisa certa.
Gostei do trabalho; não por ter trabalhado particularmente mas porque do nada lá veio uma conversa............ que me é difícil classificar. Mas foi suficientemente boa para me fazer prescindir da hora livre que tinha a meio da tarde.
Para ti, caso tenhas encontrado o caminho de volta ao meu poleiro: obrigada! ...por contares a tua experiência e ouvires a minha.

24/06/2010

Citação

"Quem sem descanso apregoa a sua virtude, a si próprio se sugestiona virtuosamente e acaba por ser às vezes virtuoso."
Já dizia o meu caro Eça...
Como seria bom se, em vez de denunciarmos os que "se apregoam", os acarinhássemos e motivássemos para que pudessem atingir realmente a idealização a que aspiram.
Na falta de um carinho ou um reconhecimento vindo do exterior, a tendência é o próprio colmatar essa falha e proclamar evidentemente a sua boa índole e natureza casta, tornando-se motivo de crítica e rebaixamento por parte dos outros.
"A César o que é de César"; se agi bem, não ousem questionar-me ou tirar-me a glória, só porque julgam que estarão a evitar corromper-me por excesso de exaltação. Estão é a retirar-me a luz e a noção do que fiz de Bom e Belo. Acabarão por me desvirtuar do que é justo e, um dia, lamentarão em mim os defeitos que vós próprios me impingistes. Malditos, todos.

20/06/2010

Obtusidades

Sabem que mais...? Zanguei-me... quer dizer, primeiro fiz com que se zangasse comigo, simplesmente porque estava cansada de ser "um sonho" e ser branda e ser aquilo que era esperado. Cansei-me e fui ríspida e bruta. Zangou-se e eu zanguei-me por se ter zangado. Vai no seguimento do que eu dizia no outro dia acerca dos amigos e do ser perfeito... E não posso admitir que estou sempre eu errada. Porque não acho que realmente esteja. E mesmo que não esteja sempre certa, não têm o direito de me descartar por isso. Porra...
Senti-me sem ar nas primeiras horas, mas passou. Estou bem. Não estou arrependida. Não vou pedir desculpa. Não era uma relação saudável. Não me conheciam, não reconheciam o meu valor. Não vou recuar. Não arredo pé. FIRME!!!

13/06/2010

"A Cabana", de Wm. Paul Young

Acabo de acabar (!) a leitura... Não comprei o livro porque desconfio sempre dos grandes sucessos.
Em todo o caso, a Gi (adorável!) emprestou-mo... e eu tinha que escrever alguma coisa sobre isso! É que, apesar de não ser "um grande livro" ou "uma grande história", é um textinho simples, que usa palavras singelas mas que não nos deixa indiferentes. É, não digo "o livro" mas antes, "as palavras" que todos deveriam experimentar ler, pensar, interiorizar, compreender e, depois, praticar.
Basicamente, vemos colocadas em discurso directo todas as perguntas que nós próprios gostaríamos de colocar a Deus, se um dia esbarrássemos com Ele. Já as repostas, são do mais simples e elementar possível.
Este livro não vai converter ninguém; não tem resposta para nenhum dos dogmas da nossa Fé; não nos diz porque é que, apesar da Sua infinita bondade, Deus permite que certas coisas aconteçam. Não é uma Bíblia ou um catecismo. Este livro não ensina; mostra. Mostra uma maneira diferente de ver as coisas e as pessoas e toda a Criação. Uma maneira livre da dor, do medo, da raiva, das expectativas, das pressões. Uma maneira que é toda Confiança e Amor.
A imagem física da Trindade é, simplesmente, amorosa. E há uma série de detalhes deliciosos que fizeram com que desse por mim a sorrir (não um sorriso discreto, mas rasgado, de orelha a orelha) enquanto lia. Por exemplo, quando, já na presença de Deus, Jesus e do Espírito Santo, Mack se senta à mesa e, mecanicamente, baixa a cabeça e fecha os olhos para orar em agradecimento pela refeição. Só depois se apercebe do que estava a fazer, então olha para Os Três e diz, simplesmente "Obrigado pelo almoço.".
É verdadeiramente tocante e profundo.
Só um ponto me pareceu um pouco perturbador... A indiferença de Deus perante o que nós fazemos "cá em baixo". Talvez não seja indiferença, porque se preocupa, mas passividade.
Deus diz, a dada altura: "Exiges a tua independência mas depois reclamas por te amar o bastante para corresponder à tua exigência?"
Ou seja, Deus deu ao Homem o bem mais valioso, a Liberdade. Por lha ter dado, Deus abstem-se de interferir no que quer que o Homem decida fazer. Por isso acontecem coisas más.
Isso perturba um bocado a minha ideia do Deus/Anjo da Guarda, que estende a Sua mão protectora para nos guiar e defender... Porque se assim não for, porque rezamos nós? Para agradecer e para pedir... Mas porque haveremos de agradecer ou pedir o que quer que seja se Deus, na verdade, não move uma palha por nós?

08/06/2010

Carta para o "Pai Natal"

Vês, seu estúpido desmiolado??! Vês como, de vez em quando, quando nos distraímos, até somos capazes de ter uma boa conversa? Uma conversa acerca de assuntos sérios mas que são comentados com ligeireza e até com risos... E como certas observações ou argumentos meus não têm como objectivo neutralizar e ridicularizar os teus, mas antes estimular uma réplica para que a conversa não morra... Vês...?
Hoje foi bom... Hoje esquecemos atritos e vícios e soubemos conversar. Sobre um tema neutro e indiferente a nós, mas ainda assim foi uma conversa... E depois começou a chover e a esplanada ficou vazia mas nós resistimos. Noutra altura eu teria alegado o incómodo da chuva e ter-me-ia raspado. Eu, que até gosto de chuva...
Mas hoje foste companheiro e, por isso, deixei-me ficar até sentir a roupa gelar-me a pele...
Porque não podemos ser todos os dias assim?