Estúpida e auto-crítica como sou, pensei "ééééé... eu devia tentar ser mais assim. Não me ralar nem ficar triste nem morrer de saudades porque já não o vejo há mais de uma hora... Nem sentir pavor genuíno só porque penso ou sonhei que poderia algum dia ficar sem ele... Eu devia ser assim..."
Mas que porra!!! Eu não devo ser assim coisa nenhuma. Ninguém deve ser assim. Se alguém quer ter um amor em que não sinta obsessão, medos ou dependência, arranja um cão. Ou uma planta! Aí, claramente, eu não preciso do outro para nada, embora desfrute imenso do tempo que passamos juntos e me sinta um pouco mal se me esqueço ocasionalmente de a regar...
Mas se estamos a falar de Amor, aquele Amor com A grande, o Amor da minha vida, eu devo e QUERO depender dele. E devo ficar devastada e incompleta sem ele. Porque se isso não acontecer não é um Amor, é um arranjinho confortável, um "aquece-pés", uma orelha para nos ouvir e um abraço quando o nosso corpo pede. Mas eu não quero um arranjinho. Eu quero um Amor. E esse, meus amigos, vem com obsessões e dependências e tudo. Paciência. É lindo assim mesmo!