24/04/2015

Em mim tenho muitos mundos... muitas cidades... muitas pessoas... Tenho sensibilidades que ninguém compreende, que tocam em mim uma nota que ninguém ouve... e, ao mesmo tempo, sou insensível a coisas que comovem tantos outros...
E é à conta desta minha fina e exclusiva sensibilidade que sofro tantas vezes... pela frustração e desilusão quase infantil de perceber que não estou a falar a mesma linguagem de quem me ouve. Que, o que eu vejo como belo e comovente, se torna banal no momento em que falo e partilho, desperta um encolher de ombros e indiferença... São tão poucas as vezes em que encontramos uma sensibilidade semelhante...
Tenho muitas cidades em mim... e tão pouca gente as visita...

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