18/12/2016

"as coisas vulgares que há na vida não deixam saudades"

...as especiais, as que nos elevaram acima do que alguma vez poderíamos ter sonhado para nós, sim. Mesmo que as vejamos definhar e morrer lentamente, mesmo que tentemos com perseverança agarrá-las e recuperá-las, mesmo que sejamos nós a ver que não há esperança de retorno e pratiquemos uma "eutanásia" piedosa, cortando o laço, deixando a outra pessoa ir, pedindo à outra pessoa que nos deixe a nós... mesmo que isto tudo, a saudade fica e morde e magoa.
Dizem-me que é normal a saudade, normal a pena, o sentimento de perda. De dois caminhos que se fizeram juntos durante algum tempo e agora se separam, e de molduras que mostravam dois sorrisos numa fotografia, agora substituídas por um sorriso solitário.
Há uma melancolia que caminha comigo nestes dias mas que não me submerge; esforço-me por me manter à tona, por pôr em prática o que tenho aprendido acerca de mim e dos outros e da força que tenho.

No one can travel into love and remain the same.

Eu não estou a mesma, e faço agora esse caminho de descoberta de quem sou agora, do espaço que ocupo e do que me fará novamente feliz.

4 comentários:

  1. Segue o caminho, sim. A saudade andará por aí, numa nota doce e esbatida, mas o que importa mesmo é o que está por vir.
    Boas Festas, Briseis. :)

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    1. Obrigada pelo carinho, Luísa! um beijinho e um feliz natal!

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  2. B nós temos as saudades tão interiorizadas que acabamos por ter saudades mesmo do que foi menos bom mas, num futuro longinquo acabamos por assumir que determinada atitude nos trouxe muita felicidade. Beijinhos

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    1. Faz parte da nossa alma portuguesa, a saudade. Mas há sempre espaço para alegrias novas, é só deixar a porta aberta! Um beijinho

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