20/09/2010

Ténis

Não, não venho falar do Rafael Nadal outra vez... Venho falar da vida, que deveria assemelhar-se mais a um jogo de ténis. Duas pessoas em campo apenas. Claro que seria necessário haver uma infinidade de courts para todas as pessoas com quem nos relacionamos mas, em cada um deles, apenas dois jogadores: Eu e o Outro. Em algum deles haveria de ser Eu e Tu.
Ambos com as mesmas ferramentas (neste caso, uma raquete); toda uma claque apoiante na bancada mas que se cala no momento do serviço, porque é errado interferir nas jogadas dos outros, seja para ajudar, seja para perturbar.
Um árbitro ao meio, para assinalar e punir faltas de movimento ou carácter.
Uma rede que corte os golpes baixos a favor daquele que os iria sofrer.
Duas cadeiras, uma para cada jogador, onde descansam em simultâneo, para não se dar o caso de um aproveitar a ausência do outro para marcar pontos.
Dois jogadores, apenas. Frente a frente. Para se olharem nos olhos e sentirem a responsabilidade dos seus movimentos e a vergonha pelas faltas cometidas.
Nem sempre venceria o melhor, já se sabe. A sorte e o acaso pesam tantas vezes mais do que o talento. Mas seria justo e leal.

3 comentários:

  1. Gostei. Vivermos "frente a frente" implica olhar (e não apenas "ver") o outro. Essa é a forma mais humana de encararmos as pessoas que se cruzam connosco.
    Acho que até gosto de ténis =)

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  2. B mais uma vez concordo com o que aqui deixaste escrito. Vou seguir-te e sempre que puder virei ler os teus posts que me farão reflectir. Beijinhos

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  3. Fabi, o ténis tem muito que se lhe diga... Mais do que aparenta... =)

    Brown Eyes, obrigada pelo comentário. Vou tentar postar assuntos decentes, não demasiado egocêntricos! =)

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