22/01/2011

É preciso tão poucochinho...

...para eu me sentir feliz...
Por exemplo, ontem bastou que alguns amigos me dissessem meia dúzia de palavras amáveis e elogiosas para eu me sentir nas nuvens...
Foi bom ouvir que, quando nos conhecemos, já há anos, no grupo de jovens, eu tive uma atitude particularmente amigável e que ajudei activamente na sua integração. Que é fácil simpatizar comigo à primeira e que não desiludo. Que sou extremamente responsável e competente, empenhada e disponível. Porque rio. Porque faço rir. Porque tenho sempre tempo para tudo e para todos e, mesmo assim, consigo ler os meus livros (imensos!), ouvir imensa música, jogar bilhar e ir ao café com o pessoal, e ainda acompanhar os torneios de snooker e tenis na tv...
Eu, que tenho um certo problema em lidar com elogios, porque me dão vertigens, senti-me verdadeiramente plena por ouvir daquele pessoal o reconhecimento pelas ninharias que fazem de mim o que sou e me distinguem dos outros.
Falávamos num pavão que queria arrancar as suas lindas plumas porque elas, apesar de serem a sua maior riqueza, eram também responsáveis por ele ser facilmente avistado por predadores e muito procurado por caçadores. Foi no seguimento desta fábula que falámos das nossas próprias "plumas", que nos distinguem e tornam belos, mas também nos fazem ser vistos como um "alvo a abater".
Mas, depois do que me foi dito, recuso-me a arrancar também eu as minhas plumas. Os meus amigos dão-me confiança e, por isso, vou ostentá-las com orgulho.
Estou cheia de mim. Presunção... mas da boa...

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