Não sei que faça; não sei que me apetece... Se me apetece ficar enrolada numa bola, com o queixo a bater nos joelhos, ou se me apetece ir lá para fora uivar à Lua e aos passantes...
Não sei se me lateja a cabeça e sinto tonturas por inércia estupidificante, se será por tensão baixa ou males maiores... Não sei o que quero. Ando no terror que me perguntem o que tenho porque "não sei" não é uma resposta aceitável mas não sei que outra possa dar... Não sei como vou estar daqui a 2 minutos, embora desconfie que, a continuar neste torpor insensível, vá continuar a estar exactamente da mesma maneira... Não sei o que preciso. Não sei se durma, se corra e dance. Não sei se me afogue, se desperte. Não sei se sinto enjoos de fome, se estou simplesmente enjoada. Não sei de onde vem este cansaço, este desagrado por tudo... Não sei se queria que ninguém me visse, se queria que alguém me visse só a mim, e viesse em silêncio e ficasse só a ler na minha cara mortiça que não estou bem, que não sou assim, que não é uma birra... Não sei se tudo mudou, se são os meus olhos que deixaram de reconhecer feições. Não sei se quero ter alegria e ligeireza de volta, se quero que o tempo mude e chova e troveje para condizer comigo e eu poder encolher mais um bocadinho. Não sei como vou continuar a viver os meus dias assim; não sei onde estará o botão capaz de repôr a normalidade; não sei porque é que hoje sinto as pálpebras e os cantos da boca pesados, como se a pele tivesse perdido eslasticidade e fosse doloroso abrir os olhos e o sorriso; as minhas mãos parecem-me mais pálidas do que nunca. Não sei se me irei lembrar de tudo o que não posso esquecer; não sei se terei energia para fazer tudo aquilo que a minha vontade quer; não sei se encontrarei os sítios e os outros como e onde os desejo... provavelmente não. E, aí, não sei se serei capaz de reagir como uma pessoa adulta e inteligente. Provavelmente não. Vou reagir como uma miúda de 4 anos, mimada e inconsciente. Não sei, mas acho que quem me conhece se vai desiludir um bocado... Não sei se, no estado em que estou, isso me vai espicaçar a melhorar, ou se vai fazer com que me isole mais um migalhinho... Provavelmente.
Toma vitaminas, mulher!.
ResponderEliminarOh não gosto nada desse teu estado, faz-me lembrar outros tempos. Já adivinhava que iria sair algo do genero pela tua falta de noticias.
ResponderEliminarOnde está a pessoa que me mandou endireitar os ombros???? Sai já depressa do sofá, vai dar uma caminhada à luz da lua, e ombros levantados... se te mantiveres ocupada o tempo passa mais rapido!
Oh moça... essas incertezas, por vezes, até fazem bem! Mas não deixes que se prolongue por muito tempo! O melhor mesmo é beber umas copadas a ver se a coisa arrebita! :)
ResponderEliminarEl Matador, obrigada... nem sei como não me lembrei das vitaminas antes... =)
ResponderEliminarPapoila, eu fiz isso! Eu saí e dei uma graaaande caminhada pelo cais, com uma amiga... Soube bem! =)
Marlene, estas incertezas não são daquelas que fazem bem. São daquelas que nos parecem incontornáveis... Mas já passou, sem ser preciso apanhar uma tosga! =)
Entao hoje vai outra vez...e daqui a uns tempos poderás ter a Papoila a fazer-te companhia :)
ResponderEliminarComo diria o filósofo, também eu por vezes "só sei que nada sei" mas também não me mortifico com isso. Ânimo!
ResponderEliminarPapoilinha, eu fui. =) Estou bem... Já passou... isto deve ter sido falta de açucar no sangue, ou assim...lol
ResponderEliminarLuísa, de facto, essa é a única certeza que temos: a de que nada sabemos... Mas já ganhei ânimo! Obrigada!
Um daqueles momentos menos bons que todos temos, o segredo é saber ultrapassa-los. Nada de vitaminas, ou copos ou amigos, e a segunda opção é mais saudavel ;)
ResponderEliminarquem te conhece nao s desilude contigo, quem te conhece surpreende-se contigo * =)
ResponderEliminarMildness, obrigada pelo lindo comentário!
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