
Não sou maldosa, embora não me consigam olhar nos olhos por parecerem assassinos. Sou animal terrestre mas trepo às árvores com tanta graça como se não tivesse peso, e lanço-me pelos ares, confiadamente, como se tivesse asas. Caio sempre direita, sem perceberem como ou porquê.
Sou solitária. Não tolero companhia e também não há que me tolere bem. Adoro, busco e preciso do meu covil e, ao mesmo tempo, necessito absolutamente de pairar, explorar e perder-me...
Não me subestimem. Posso não ter resistência física merecedora de fama, mas a minha velocidade é lendária. O meu engenho é frio; o meu calculismo, arrepiante.
E não raras vezes hão-de ver-me, indolente e sedutora, rebolando-me no pó, perseguindo moscas, cheirando o vento...
Às vezes, desejaria ter nascido, de facto, como leão da montanha. ...mas nem sequer acredito na reencarnação, para poder acarinhar a ideia de ser possível, ainda, voltar cá sob aquela forma...
Ser Briseis com bigodes.
Quando detesto alguém também ponho olhos assassinos.:)
ResponderEliminarQuem sabe voltas mas nunca como animal. Reencarnação, talvez acredite. Afinal há pessoas que parece terem nascido ensinadas. Beijinhos
Os gatos mesmo a brincar arranham. As gatas... ainda pior!
ResponderEliminarBrown Eyes, que jeito que dá tantas vezes deixar vir ao de cima a fera que há em nós! =)
ResponderEliminarJohnny, se forem arranhões dados a brincar e sem ser de propósito, até sabem bem... ;)