24/12/2011

Maranatha

"Vem, Senhor Jesus"... Estamos à tua espera, ainda que muitos não o saibam. Esperam qualquer coisa, alguém... Mas tudo o que possam receber provirá de Ti, eu acredito. Vem e traz a tua Luz, rodeia-nos de serenidade, inspira-nos a sabedoria, dá-nos mãos que saibam dar e dar-se, olhos selectivos que vejam o melhor... e uma inspiraçãozinha de vez em quando para vir aqui dar palavras giras ao pessoal...

20/12/2011

1/4 de Século

Hoje faço 25 anos...
Mas, se acordo durante a noite e, por estar ensonada ou por me ter virado muito na cama, não encontro o interruptor do candeeiro, ainda fico desesperada e com vontade de chorar...

18/12/2011

Gato das Botas


Humpf...triste, triste, triste... nada da genialidade do Shreck, nada do charme irresistível do gatito, (só uma coisinha muito deslavada,com uma gata chamada Kitty. KITTY, for God's sake!!), nada de bolas de pêlo...Nada. Nicles. Nops. Tou triste.

E não me olhes assim. Não me convences...

O Idalécio


Responde pelo extraordinário nome de Idalécio, embora eu pertencesse ao círculo restrito autorizado a chamar-lhe "Lecinho".
Curso de cozinha recém terminado e foi trabalhar lá para a Quinta, preparar aos pratos XPTO para os turistas mais exigentes.
As senhoras da cozinha, antigas (na casa e na idade) escandalizavam-se comos modos descontraídos dele,de cozinhar ao som de Linkin Park, de perder tempos com decorações e temperos, enquanto elas tinham que descascar 20Kg de batatas.
O Lecinho ensinou-me o que era fazer uma redução. Fê-lo com vinho do Porto branco e deixou-me tirar um bocadinho com o dedo, para provar. E isso virou hábito. Nas horas mortas, eu sentava-me sobre a bancada e via-o, de jaleca impecável, a reduzir vinho, a afiar as facas, a preparar molhos e ervas e especiarias, a entornar caramelo ou chocolate temperado na mesa de mármore para os trabalhar e fazer decorações para os seus pratos doces e ingénuos, mas ambiciosos e cheios de promessas, como os seus sonhos.
Gostava de ficar ali a observá-lo, sempre à espera que me presenteasse com mais um sabor, uma textura, uma experiência, uma intimidade.
"Come antes uma peça de fruta", era a resposta típica dele para qualquer questão melindrosa. Há dois anos mudei de trabalho. Há dois dias voltei a vê-lo. Não me lembrava que ele era tão alto. Tem o cabelo mais comprido, fica-lhe bem. E, quando me despedia: "Vou fazer um bocadinho de tempo, ir ali à livraria, até serem horas de ir buscar a minha irmã à escola", ele sai-se deliciosamente com essa: "Come antes uma peça de fruta". Adorei rever o Lecinho...
Adorava dizer-lhe que agora faço Zabaione...

13/12/2011

ABRAÇO

Ontem fui dormir com um sabor amargo e salgado na boca.
Amargo de recordações que foram doces, e salgado pelas lágrimas que não me impedi de chorar.
Comecei a ler "Abraço", do queridíssimo José Luís Peixoto e, à página 29, estou já envolvida na sua música.
Recordo-me da minha infância; de como, sendo eu , era tão diferente do que sou hoje e de como o mundo mudou diante dos meus olhos.

Lembro-me também eu, José Luís, da minha escola primária. Como tu recordas a mala amarela, eu recordo a bolsinha de pano bordado onde todos os dias a minha mãe me punha o pão para eu comer no recreio. Toneladas de amor iam contidas naquele rectangulozinho gasto e humilde.
Como no final de um dia de trabalho nos metemos no carro e, sem pensar sequer no percurso, viramos nos cruzamentos certos e chegamos a casa, porque é a nossa CASA e buscamo-la e dirigimo-nos para lá, irresistivelmente, levaste-me hoje a memórias muito ternas.

10/12/2011

ALTO!!!

Já tá o problema resolvido... As ameaças resultam sempre!!!

WTF???!!!

Desapareceu do meu painel a lista dos blogues que sigo... Sou caso isolado? O blogger tem algo contra mim??! Algum de vocês me denunciou por alguma coisa, seus desgraçados???!
Ou é mal geral e temos mesmo é que fazer uma espera ao fulano e partir-lhe aquela boca toda???!

04/12/2011

Imaginei...

Um dia deixei o trabalho. Sentia-me embrutecer todos os dias desde há semanas, há séculos. O tão falado trabalho intelectual, mais apreciado, reputado, considerado, que o trabalho físico deixara-me esgotada e burra. Um caldeirão de intelectualóides, pseudo-geniais, cheios de si, que se acham o centro do universo nunca constou das minhas aspirações profissionais...
As folgas, há quem as passe de papo pró ar, a coçar micoses, mas eu tinha necessidade de polir, esfregar, reparar, abrilhantar tudo o que havia lá por casa. Não sou nenhuma fanática das limpezas, apenas da ordem harmoniosa que vem delas. Limpei toda a casa e absorvi a sensação apaziguadora que veio daí. No final dos trabalhos, ainda descontente, ofereci-me para passar umas peças de roupa à vizinha e fui tratar daquelas juntas da tijoleira da casa da minha irmã, que eram brancas e hoje são castanhas... De passagem, fui ainda ver se a minha mãezinha precisava que lhe lavasse a louça do almoço.
E, numa espiral vertiginosa de limpezas e desinfestações, fui alargando a minha esfera de actividade doméstica aos lares de todos os vizinhos e conhecidos.
Um dia, deixei o trabalho. Fiz-me empregada de limpeza e todos os dias as minhas mãos purificam ou reabilitam algo, todos os dias os milagre da transformação da mácula em asseio passa diante dos meus olhos. Limpar é catártico e tem até uma certa justiça poética, porque não há nódoa que não saia, se lhe aplicarmos toda a nossa energia e determinação.