Chego à conclusão que isto, isto tudo, a Vida, ou lá como lhe chamam, se assemelha terrivelmente a um bailado. Cada um tem o seu próprio ritmo e o seu próprio estilo a executar e tentamos, até à exaustão, fazê-lo coincidir com o do vizinho do lado, para não termos que enfrentar o terror do som e das luzes sozinhos. Estendemos a mão confiadamente, mas e se outra não estiver lá à nossa espera? É difícil e desgastante encontrar uma sintonia como a nossa. Temos apenas uma de duas hipóteses: lideramos e esperamos que alguém tenha a humildade de se adaptar a nós, ou andamos nós esquecidos do nosso esquema e procuramos adoptar o de alguém. Queremos um parceiro. Alguém que esteja à espera que terminemos a volta para voltar a segurar-nos com força, não estarmos sujeitos ao escrutínio dos observadores que se encostam nos cantos...
Um tremendo bailado onde cada um ouve a sua própria música. Será legítimo condenar os que não conseguem ou não se esforçam por sincronizar a vida com a nossa?
Eu gosto mais de dançar sozinha. Só sei dançar acompanhada as músicas populares do 14 de Agosto. No mais, a perspectiva de ter um par deixa-me nervosa. É um par de olhos e de mãos e de pés, sabe-se lá o que mais, a quererem coordenar-se com os meus. Danço só, modestamente, sem picos eufóricos mas também sem pisadelas.
Como danças tu?
Simplesmente danço... O ter par, pode alterar a nossa dança! Altera, claro. Mas há tipo de danças que só se consegue dançar acompanhado! Comparando com um jogo de níveis, talvez o dançar acompanhado esteja nos últimos níveis.
ResponderEliminarNão é fácil! De todo! Dançar acompanhado, não é para todos...
Há regras?? Quebremos as regras... Temos que sentir a música à nossa maneira e nada mais.
É assim que eu danço!...
"Tu por cá", cheira-me que és um dançarino dos diabos... =D
ResponderEliminarAcompanhada, consegui encontrar esse alguém que dança ao mesmo ritmo, que percorre a vida apreciando os mesmos sons e tons. No entanto já dancei sozinha. Dançar, passear, fazer compras, nunca me amedrontou. Normalmente as mulheres nada fazem sós, até para comprarem um vestido precisam da companhia de uma amiga. Eu nunca deixei de fazer nada por estar só e acredita que preferia ir só que com uma amiga, precisamente porque o tempo delas, o som delas, não era o meu. Hoje acompanhada continuo a ter a tal liberdade de movimentos que tinha só, os gostos são iguais e ninguém sai cansado. Beijinhos
ResponderEliminarA dança da vida não pode dançar-se sempre só. Há sempre um momento em que precisamos de um par. Mesmo que isso signifique arriscar umas pisadelas. :)
ResponderEliminarMarcamos dança para dia 15??
ResponderEliminarBrown Eyes, acredito que não preciso de te dizer a sorte que tens... =)
ResponderEliminarLuísa, há pessoas que valem bem a pena umas pisadelas, sim... =)
"Tu por cá", não sei se estarei disponível... essa é a única altura em que eu abro uma excepção e danço, logo, como deves calcular, tenho montes de requisições...lol Mas se te encontrar talvez tenhas sorte... =)
Boas... De facto descobri o teu blog um pouco por acaso mas neste momento está nos ditos favoritos, para sempre que possa abrir e ver o que nos mostras!!
ResponderEliminarConfesso que gosto muito da tua escrita e deixa-me fascinada ler alguns dos teus textos que tudo tem a ver com o que se passa um pouco no dia-a-dia de cada um. E este mostra isso mesmo!
Estarei sempre a dar uma vista de olhos ;)
E eu danço, danço com toda a euforia porque se entranha de forma estupidamente fantástica ao longo dos meus membros!
CP
CP, bem-vinda! Muito obrigada pelo lindo comentário! vai aparecendo sempre que queiras, é um gosto escrever quando sei que há apreciadores a interpretar à sua maneira e a dar nova vida ao que escrevo! =) obrigada!
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