16/06/2014

"Esta vida de bordo há-de matar-me"...

...são dias só de febre na cabeça*
 
Não é só o calor, que amplia e desfoca tudo. É a minha própria natureza. É a natureza humana, em geral. Luta por aperfeiçoamento, por mais, por melhor, por maior, por eterno... E, ao cansaço e desgaste da luta segue-se ora a desilusão do fracasso, ora a alegria efémera da vitória, acompanhada de perto do pavor da perda, da insónia que traz a insegurança... E esta montanha russa continua, e renova-se e repete-se...
Às vezes é exaustivo e a sensação de tontura sobrepõe-se a tudo. Mas quando conseguimos inspirar até ao fim, mesmo até ao fundinho do difragma, e abrimos os olhos e olhamos o que temos... oh, como é tudo tão belo!
 
*Opiário de Álvaro de Campos

2 comentários:

  1. Não gosto de montanhas-russas. Mas gosto da vida e ela é bela mesmo se por vezes se quer parecer com as ditas de que não gosto. :)

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  2. Prefiro a vida sem montanhas russas, mas se tiver que ser, prefiro o carrossel:-))

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