Dois anos depois, eu continuo a aprender sobre o Amor... Imaginei que fosse algo inato... um sexto ou sétimo ou oitavo sentido que, embora subdesenvolvido em mim, já que nunca fui muito romântica, despertaria na hora certa e, a partir desse momento, tudo o que é o Amor, todas as leis e verdades universais seriam reveladas. Uma epifania Amorosa. Todo um Nirvana sentimental...
Não é assim. Estúpida, estúpida, estúpida... Ainda hoje aprendo coisas sobre o Amor, sobre ele (o meu amor) e sobre mim também. E, como acontece invariavelmente com todos os tipos de sabedoria, quanto mais sei, mais noto que ainda tenho a aprender...
Ora, uma das recentes descobertas que fiz, após muitos momentos de introspeção, é que o nosso amor (a pessoa) não é perfeito.
Ai, eu não pensava que a coisa funcionasse assim... Imaginei que o amor de cada um lhe aparecesse divino e imaculado. Claro que todos temos defeitos, mas imaginei que esses fossem invisíveis a quem ama. Ou, melhor, em vez de invisíveis, fossem visíveis mas aparecessem aos olhos de quem ama como qualidades ou características de feitio e personalidade, mas nunca como defeitos. Como nas telenovelas, em que o vilão tem sempre uma esposa vilã, e dessa forma os defeitos de um passam camuflados de virtudes ao outro, porque são iguais...
Só muito recentemente me apercebo que não é bem assim... o meu amor tem defeitos. E de certeza que ele também já elaborou mentalmente uma listinha dos meus... já respirou fundo e contou até dez muitas vezes para não me dar um berro ou um par de mosquetes!! Vá, se calhar, exagero nesta parte =)
Mas começo a ver alguns defeitos... não graves, mas coisas que eu preferiria que fossem diferentes... e não me importo nem isso faz com que goste menos dele... E não esperava que fosse assim... Sempre a aprender...