03/03/2011

"O Braço Esquerdo de Deus", de Paul Hoffman

Acabei de ler esta maravilha ontem à noite, na cama, entre almofadas e cobertores... E completamente arrepiada! É véri brutal!
As expectativas estavam nos píncaros quando o comprei! A capa é hipnotizante, o "títalo" sonoro: "O Braço Esquerdo de Deus"... Beeeem, isto é uma mina! - pensava eu.

O ínicio é fascinante! O Santuário dos Redentores é uma fortaleza para onde são levados miúdos que são sujeitos ao regime e aos treinos brutais dos Redentores, que os educam na Verdadeira Fé, para mais tarde se juntarem à frente da guerra contra os Antagonistas. Portantos, tem qualquer coisa de fanatismo, com um cheirinho de Inquisição, brutalidade, mistério, um ocasional humor hilariante, má comida e lavagens cerebrais...
A dada altura, a coisa parece esmorecer um bocadinho, quando Thomas Cale e dois amigos fogem do Santuário. Ficamos meio perdidos, do género "eh, pá, queria ler mais sobre os castigos e treinos e enforcamentos"... Mas logo depois voltamos a ficar empolgados e somos brindados com personagens absolutamente fascinantes que, em vez de exustivamente descritas pelo narrador, regurgitam frases sonoras que revelam a sua filosofia de vida.
Quase no finalzinho, temos a batalha mais estúpida da História (não que a batalha em si tenha sido uma treta ou que o autor tenha falhado no relato. Nem uma coisa nem outra. É... Ora, leiam e vão partir-se a rir...ou não! Não vou estragar a surpresa...).
Acaba com uma sucessão vertiginosa de acontecimentos e revelações que fizeram com que me caísse tudo e desse por mim à procura de páginas escondidas para poder continuar... Mas não! Este é o primeiro livro de uma trilogia que, penso que não digo mentiras, ainda nem está completamente acabada. Posso, de qualquer forma, afirmar que a minha vida vai ficar em suspenso, não vou comer sólidos, nem pentear o cabelo, nem ter conversas coerentes, até pôr as garras na segunda parte.
Há quem classifique este livro como "Fantasia", mas não concordo. É mais de um mistério e bizaria exacerbados, mas não chega ao género da fantasia.

E pronto... Devo dizer que não estou muito contente com o que acabei de escrever mas também não quero revelar mais porque, quem ainda não leu o livro, vai de certeza excomungar-me, se eu o fizer! Vou calar-me.

8 comentários:

  1. Já tinha ficado com vontade de ler o livro. Já tinha ido há procura de mais informação. Já desconfiava que o resto da triologia ainda não estava publicada. Agora estou com mais vontade de ler, só espero que não seja como a última triologia (Eragon, Eldest e Brisigh) que apesar de não ter gostado por aí além fui comprando os livros, e quando cheguei a meio do último descobri que ainda ia haver um quarto (que nunca foi publicado).

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  2. Utópico, Deus nos livre das trilogias inacabadas e desinteressantes!
    Quanto ao livro, é um achado... Recomenda-se!

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  3. Obrigado. Acho que o vou ler antes de começar uma empreitada que tenho estipulada: Uma Septologia (7 livros) de Stephen King - As Torres Negras - e logo em inglês.

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  4. Utópico, o meu parecer, se mo permites, é: lê o Brço Esquerdo antes. Primeiro, porque é só um, lê-se rápido e depois atiras-te cheio de genica ao King. E segundo, porque, pelo andar da carruagem, ainda há-de demorar 500 anos até que saia o segundo volume da trilogia e, assim, manténs-te ocupado e distraído enquanto esperas!
    ... e podes sempre vir dizer o que achaste, depois! =) Boas leituras!

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  5. Acabei de ler "O braço esquerdo de Deus".

    Concordo em absoluto. Achei o livro muito bom, em que se quer sempre continuar a ler, apesar de ter ficado com a impressão de que existem alguns pormenores que parecem não encaixar muito bem, como por exemplo a existência de uma moeda chamada dólares, e algumas ementas que parecem ser comidas algo recentes para a época e para o tipo de sociedade descrita.

    Quanto à batalha final, é de facto muito estúpida, mas também não vou revelar aqui o porquê para que quem venha a ler o livro possa apreciar o mesmo.

    O fim esse torna-se mais vertiginoso e leva-nos a devorar o final do livro sempre que descobrimos cada revelação nova.

    O próximo livro desta trilogia (The Last four things)está previsto sair este mês, pelo que alguns meses depois deverá aparecer a tradução para português.

    Espero é que não seja como a trilogia do Eragon do Cristopher Paolini, que afinal eram quatro livros, sendo que o quarto nunca foi editado.

    Obrigado pela dica.

    Já agora gostaria de retribuir. Estou neste momento a ler o livro a "A Ameaça" de Ken Follett (o autor de os "Pilares da Terra" - série que passou no ANX e na TVI) e pelo que já li tenho a impressão de também ser muito bom.

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  6. Utópico, essas incoerências que referes (como as moedas, comidas, os nomes das cidades) também me causaram certa estranheza. Deixa-nos completamente perdidos no tempo e no espaço. Mas é um pormenor...
    A batalha é algo de estraordinário. Inacreditável, mas plausível.
    Não sabia que o próximo volume estava a sair. Vou ficar à espera!

    Quanto à tua dica, li os Pilares da Terra e vi a série. Não sei de qual gostei mais! E vou agora ficar de olho na "Ameaça", como sugeres! =) Obrigada!

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  7. Hoje estive na FNAC e já lá vi o 2º livro da triologia de Paul Hoffman (The last four things)-versão inglesa.

    Provavelmente a versão portuguesa deve estar quase a aparecer.

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  8. Caro Utópico... boas notícias... grandiosas notícias, atrevo-me a dizer! Vamos andar atentos... =)

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