Ele é italiano... Un italiano vero. Do sul, um terrone... São considerados todos pacóvios mafiosos e preguiçosos dissimulados; por oposição ao norte, chiquéééééérrimo, de gente séria que, talvez da proximidade da Suíça, apanhou um pouco da mania de ser fria e dissimulada, também, mas de forma mais cínica. Qualquer dia rebenta por lá uma guerra civil: Terrones vs. Polentones.
Enfim. Ele é terrone. Falador e aberto, a roçar o tagarela gabarola. Despertou simpatia por isso, mais do que por beleza, que não a tem... talvez um pouco... moderadamente... Mas tem aquele "non so che cosa è" que todos os italianos têm e que os faz, se não irresistíveis, ao menos apetecíveis.
O piercing na sobrancelha agrada-me... o da língua, nem tanto... mas dizem que é interessante de se beijar...
Falador, cruzávamo-nos constantemente. Coabitávamos no mesmo espaço, durante este tempo, e ele falava sempre e perguntava sempre. Às vezes entendia-o, outras nem por isso. Esteve 40 segundos a explicar que o jantar era "anatra", aquela ave, tipo o frango, que anda pelos lagos e enfia a cabeça debaixo de água... Quando percebi que era pato, olhei para ele e disse "quack-quack". Linguagem universal... Se bem que ouvi-lo falar italiano também não fosse perda de tempo.
Perguntou-me, porque gosto de música, que cantores italianos conhecemos cá em Portugal. Claro que lhe atirei com o Ramazzotti e com a Pausini, o velhinho Zucchero, a famosíssima Giana Nannini, os apetitosos Nek e Raf... ainda trauteámos umas coisas, e ficámos por aí. Ele voltou para a cozinha e, nisto, ouço-o cantarolar uma melodia conhecida e adorada, que cantava quando tinha para aí 7 anos e ouvia as K7 do meu pai... E vi-me pequenina, a passarinhar pela casa, tantos anos atrás, tão mais inocente e feliz e leve e sonhadora a cantar segundo a melodia mas a aldrabar completamente as palavras (é que o meu italiano não dava para tanto)... E cantei aquele bocadinho com ele...
E agora vim embora, e tenho uma recordação querida de todos os que encontrei e deixei lá, mas a música que cantei com aquele terrone não me sai da cabeça... Deixo-a aqui. Espero que consigam entender a letra.
Hum um "terrone" gosto muito :p Bem Vinda cara colega... e beijar aquela bolinha não????
ResponderEliminarÉééééé, cara colega... Um "terrone"... =) mas, não. Beijar a bolinha, não. O moço é comprometido e tudo... Aquilo foi um devaneio de férias. É o ar da montanha, é mais pesado, deixa-me assim...lol
ResponderEliminaraiii k lindoo!
ResponderEliminare o “terrone” apercebeu-se desse devaneio que o ar das montanhas despertaram em ti? =D
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Gótas, gótas?!
ResponderEliminarHum... se ele se apercebeu ou não, não posso jurar... Mas acho que sim. Pelo menos eu dava-lhe mais conversa do que o resto do pessoal...lol
Uiiiiiiii! :D
ResponderEliminarEssas coisas sao tão bonitas de se ver...
Aiiii a primavera e os passarinhos!
Adoro! =D *
É... foi giro... é aquele costumado "crush" das férias... Só o facto de se saber que é temporário acrescenta logo um picantezinho...
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