07/10/2011

Não. Não... Não!!

Ando com os meus fantasmas, eles seguem-me. Conto os passos até casa. O sol vai à frente, a indicar o caminho e a provocar-me os olhos. Baixo negligentemente a cabeça, como se de um transeunte indesejado se tratasse. E avanço em passos rápidos. Para chegar a casa, rápido, rápido. Não, hoje não estou com medo. Hoje estou simplesmente desagradada. Estou tolerância zero para conversa da treta, para ouvir falar mal de quem quer que seja, para estupidez crónica, para amuos mesquinhos. Não me apetece teatro, não me apetece ser compreensiva: balbucio uma desculpa (ou então nem me dou a esse trabalho), ocupadíssima!, e zarpo para outra freguesia. "Não queiras saber de mim, esta noite não estou cá..."
Chego a casa satisfeita e descanso. Não me apetece gente, não me apetece futilidades, hoje estou importante, não quero saber das tuas teorias sobre lâmpadas fundidas, não me enerves com os teus caprichos mesquinhos e problemas de integração mal resolvidos, não me vou dar ao trabalho de te contrariar hoje, a tua voz irrita-me. Não me interessais, hoje.

Hoje sou senhora do meu nariz e o meu sorriso não está ao preço da chuva, como estais habituados a pensar. Hoje estou, verdadeiramente, num pedestal. Não porque tenha lá subido, mas porque o resto do mundo, e vós lá incluídos, desceu de nível a meus olhos...

4 comentários:

  1. Depois eu é que tenho mau feitio :p

    Papoila

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  2. ...zero para conversa da treta, para ouvir falar mal de quem quer que seja, para estupidez crónica, para amuos mesquinhos.
    Tantas vezes que estou assim. Sabes que é ouvir 7 horas este tipo de gente? Acabou a paciência. Fico no meu canto com os fones nos ouvidos, não consigo mais ouvi-las.
    Beijinhos

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  3. Brown Eyes, a mim acontece-me raramente atingir este limite de paciência... por isso, toda a gente estranha, e me chama anti-social e coiso... Mas não me interessa, por acaso... =)

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