03/01/2013

"A Regra de Quatro", de Ian Caldwell e Dustin Thomason

O livro foi presente de aniversário da minha Adorable One... e adorei o pormenor de ser em segunda mão! Os livros estão vivos, respiram... e um livro numa estante poeirenta é um livro moribundo, solitário de dar dó!
É por isso, e não só pela questão do preço, que compro muitos em segunda mão e gosto tanto de os emprestar... Cada pessoa que lê um dos meus livros, está a enriquecê-lo.
 
Enfim, acerca do dito...
Já tinha olhado para ele algumas vezes... O título é chamativo e a sinopse apela à curiosidade.
Agora que o li posso dizer que é um óptimo passatempo. Entretem. A história de um grupo de quatro amigos, finalistas em Princeton e da forma como um misterioso livro escrito em finais do sec.XV, o Hypnerotomachia Poliphili, afecta as suas vidas, umas vezes numa busca desenfreada por respostas, outras vezes recalcando a obsessão, que parece persegui-los.
Este interesse muito particular num livro tão estranho e antigo surge descrito em cenas que intercalam com descrições da vida diária dos estudantes na famosa Universidade. Este pequeno pormenor facilita bastante o processo de nos familiarizarmos e aceitarmos este interesse invulgar pela investigação levada a cabo pelos protagonistas...
Na parte do entretenimento, o livro é notável.
Atrevo-me só a apontar uma certa incapacidade dos narradores (ou talvez do tradutor) de se explicar claramente no que respeita a certos pormenores da narrativa. Por exemplo, por várias vezes, pensei estar a ler a narração de um episódio "actual", e só depois fica claro que essa narração respeita a um tempo passado em relação à ação principal que se está a desenrolar... Da mesma forma, os enigmas que dificultam a total compreensão dos mistérios do Hypnerotomachia são desvendados sem que o leitor consiga perceber qual a sequência lógica de pensamento que levou à descoberta... A meu ver, isto tira um bocadinho o brilho a uma história que tem, não há dúvidas, tudo para ser uma grande história. Apenas transparece demasiado a juventude dos dois autores.

2 comentários:

  1. Mais um para a lista. Livro em segunda mão é algo que não compreendo porque para mim um livro é intransmissivel, nem vendendo nem dando. Livros são companheiros de vida. Beijinhos

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    1. Percebo isso... mas acho que mesmo os companheiros de vida têm vida além de nós. =)

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