06/02/2014

Para não me esquecer

O Amor não e um teste. Não é uma prova que presto ou ele me presta todos os dias.
A minha ansiedade desvairada e ridícula faz-me, às vezes, quando ando em "modo esfregão", pensar que não estou "apta" ou "capaz" de ser quem ele conhece e quem ele espera encontrar em mim. Este é o meu terror, para com ele, para com todo a gente, para com o mundo. Algo em mim se desliga do exterior e sinto-me desajustada e estranha e ameaçada. Ele também me assusta quando estou assim. Porque ele é o meu Amor. Se há alguém no mundo para quem eu quero estar sempre bem e dar sempre e só o melhor de mim, é ele. Logo, a minha responsabilidade e o peso que sinto para estar bem com ele é incalculável.
Mas o Amor não é um teste. O Amor não requer o melhor de nós todos os dias. O Amor é precisamente a antítese disso: é o compromisso trocado entre duas pessoas de que vão compreender-se e apoiar-se e esperar-se todos os dias, cada dia. Sem pressão, sem pressa. Adaptando-nos um ao outro como a roupa se adapta ao estado do tempo.
O Amor é a manta que sabemos que está à nossa espera quando regressarmos a casa. É a palavra apaziguadora e reconfortante que nos compreende sem necessitar de entender racionalmente as nossas razões.
O Amor é uma declaração feita todos os dias; uma declaração de que nos gostamos, nos queremos e de que nos sentimos a falta na ausência. O Amor é algo bom. E é uma arma que tenho agora para combater a minha ansiedade e os meus medos. Não devo ter medo do meu Amor.
É insano colocar sequer essa hipótese.

3 comentários:

  1. Engraçado ler isso, até alguns dias atrás estava nessa mesma metáfora de ter medo do meu amor, ou de mim para com ele, ou do que nós podíamos ser. Ás vezes nos surpreendemos com o fato de cogitar a possibilidade de temer amar, ou amar demais. Mas não podemos jamais, duvidar da força que isso nos traz. Lindo o blog, espero poder voltar.

    Bekigirl - Devaneadora

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  2. Não só será insano, como contra natura!

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  3. O Amor é, tão somente, uma prova de confiança mútua. Não há que o recear.

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