29/10/2009

Revelação

Há uma música que todos conhecemos, do nosso caríssimo Jorge Palma, que diz:
"Pois é, pois é... Há quem viva escondido a vida inteira.
Domingo sabe de cor o que vai dizer segunda-fe-ei-ra"
Tenho algo a anunciar: Essa pessoa sou eu.
Tenho horror ao imprevisto. A ser apanhada desprevenida. A ficar sem reacção. A não ter a resposta na ponta da língua. A deixar toda a gente a pensar que sou uma nódoa.
Por isso, sofro de ansiedade. Imagino e prevejo tudo ao pormenor. TUDO. É claro que sai sempre tudo diferente daquilo que eu vaticino... E até nem costumo sair-me mal... Eu sou jovem, tento ser alegre, viva e optimista, tento melhorar o dia de todos os que se cruzam comigo... Mas a verdade é que continuo a ficar sempre ansiosa. Por tudo. Por nada.
Sofro de ansiedade a um nível mesmo patológico, fico sem conseguir comer, tremo, doi-me a cabeça, sinto um peso no peito, transpiro...
Odeio surpresas. Não como aquelas pessoas que dizem que odeiam surpresas mas estão sempre à espera que alguém lhes faça uma... Odeio, mesmo. Porque, no momento em que sou surpreendida, sou tomada pelo pânico, porque fui apanhada desprevenida, e os olhos estão postos em mim... E eu sou tão pequena...

2 comentários:

  1. Eu também sofro de ansiedade...mas é por pensar que os meus dias, um dia, se podem tornar todos iguais =P

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  2. Cara Fabi,
    eu entendo isso! Mas o meu "desarranjo" é tal que, se os dias sao frenéticos, quero-os calmos e iguais. Quando são iguais, desejo que algo aconteça. Quando algo acontece, só desejo recuperar a calma...
    Onde é o meio-termo?!

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