...e cá estão eles outra vez... Ao contrário dos outros anos, em que brotavam do chão do dia 31 de Julho para o primeiro de Agosto, qual praga de cogumelos viscosos, este ano foram chegando aos pouquinhos, insuspeitadamente, a partir da terceira semana de Julho... Fizeram a coisa bem feita, os marotos... Mandaram uma centena de batedores, fazer o reconhecimento, estudar a fauna nativa e, ao mesmo tempo, fazer com que esta se habituasse à sua presença... Aos pouquinhos, a nossa vista habituou-se novamente às matriculas esquisitonas, aos carros personalizados com os símbolos nacionais bem à vista, à música popular ou, em alternativa, o Best of do falecido Michael Jackson a berrar de lá de dentro...
Mas eis que o primeiro de Agosto chega e a táctica muito habilmente adoptada se revela inútil, porque é impossível disfarçar a chegada do resto desta manada ruidosa... E uma distância de 500 metros passa a ser uma morosa viagem de meia hora... e as rotundas verdadeiros lugares de carnificina e tangentes arrepiantes, e os passeios, por muito largos que sejam, são pequenos, porque esta gente vai em bando para todo o lado... Valha-me...
E depois há momentos, aqueles momentos de beleza e cómico surpremos, como o condutor barrigudito, dono do carro cor de laranja, de onde vem Michael Jackson, que sai da viatura enquanto está parada no meio do trânsito e fica ali, um passo para cá, um passo para lá, apoia-se na porta aberta, a mirar as redondezas... Ou a dos papás babados que passeiam os filhotes, que aparentam ter coisa de 5 e 8 anos, totalmente vestidos com o equipamento da selecção nacional... incluindo meias pelos joelhos... em pleno calor do Verão duriense... Isto é de uma violência que só visto...
Novamente repito: nada contra o emigrante. Tenho uma carrada deles na família. Mas não há pachorra. Em Roma, sê romano. Em Portugal, sê simplesmente Português...caladinho.
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