03/08/2012

O Duarte...

...o Duarte tem um dom. Eu nunca acreditei muito nessas coisas... Sou um pouco como aquele do "eu não acredito em bruxas, mas que as há, há". Ou seja, escolho não acreditar para não me perder depois no labirinto da busca e do entendimento destas coisas que em muito nos ultrapassam...Ouço, mas enquanto não me cair em cima uma evidência inequívoca sou uma céptica auto-imposta.
Ontem encontrei o Duarte por acaso. Na piscina. Contou-me histórias de coisas e de pessoas, dele próprio... Atirei-lhe com o meu cepticismo consciente e ele ia partilhando histórias, muito pouco fantásticas (no sentido de "oculto") mas de coincidências profundas. Acabou por me revelar ter ele próprio uma certa tendência para "ler" as pessoas. De ter casos concretos em que, não tendo ele feito nada no sentido de explorar essa sua faceta, ela acabou por lhe aparecer à frente de forma gritante... Enfim... Fiquei intrigada, naquela de pôr um meio sorriso, olhá-lo de lado e perguntar-me "hum... será...?!"
Ao prepararmo-nos para vir embora, ele perguntou-me casualmente, vendo a minha tatuagem na omoplata: "Então e para quando outra tatuagem?".
Eu respondi "quando souber onde a hei-de pôr, porque já sei qual será o desenho".
Perguntou-me qual, se não fosse indiscrição. Respondi-lhe que seriam os 4 naipes das cartas, e a ordem pela qual os queria... Ele emitiu um "ah..." pensativo e, logo a seguir, sem eu lhe ter encomendado o sermão, revelou-me o seu entendimento do significado da ordem que eu estabelecera...
Arrepiei-me ligeiramente, porque se eu própria tentasse descrever a minha personalidade e a minha história em 2 minutos, não o teria feito tão bem como ele o fez naquele momento.

Continuo céptica... mas vim todo o caminho para casa a rir-me sozinha e a relembrar as palavras do Duarte... Aquele maroto... Deixou-me intrigada...

Sem comentários:

Enviar um comentário