Há uma subcultura incompreendida e muitas vezes rotulada de forma preconceituosa... É a subcultura dos "caseirinhos". Pessoas que não gostam da confusão dos cafés, da música alta e confusa, da mistura de vozes e conversas, do ar respirado por muita gente...
Às vezes, raras vezes, combino algum encontro social, um jantar ou café e o meu desconforto e enfado aumentam na medida em que aumenta o grupo e a confusão. Ao sair de casa, a minha mãe diz-me cheia de boas intenções "diverte-te!", e eu digo para mim mesma "diverte-te! faz esse esforço! é isso que é esperado e suposto que aconteça"... mas venho embora no final do encontro com uma ligeira sensação de que perdi tempo longe do sofá e da manta ou de uma caminhada solitária ou apenas com uma ou duas pessoas pacatas.
Os "caseirinhos" são considerados pães sem sal, eremitas, anti-sociais, antipáticos, traumatizados ou pessoas sem vida, opinião ou nada de útil para dar à sociedade...
Há "caseirinhos" patológicos. Por medo, fobia ou outra razão profunda evitam os ambientes mais concorridos. Às vezes é o medo que me move também, e me faz ficar em casa.
Mas a maior parte das vezes é mesmo o prazer. Se o sossego é o que me dá prazer e serenidade, já chega de ser julgada, de me julgar a mim própria, por não ser mais normal e gostar do que as outras pessoas gostam.
Sou caseira.
Acho que isso não vai mudar. E não me importo.
Eu também me considero caseira e ai de quem me julgue "pão sem sal"
ResponderEliminar:)
Não temos de andar a fazer rodagem pelos lugares sociais para a opinião dos outros, temos sim de o fazer sempre para nosso agrado e para o agrado de quem gostamos. Uma vez por outra, socialmente, porque, o social, também faz parte do conceito da vida onde nos inserimos.
Não podemos julgar, podemos é sim compreender mais o outro!
bj
Temos é de estar bem connosco
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B eu estou cada vez mais caseirinha e cada vez que sou obrigada a ir a algum convívio, tipo jantar de Natal, chego a casa com a mesma sensação: Perca de tempo. Estar sozinha é mesmo o meu passatempo favorito. Estou 8 horas do dia sem poder meditar, sujeita, muitas vezes, a um ruído ensurdecedor, preciso, como de ar para respirar, de silêncio para poder pensar e estar comigo. Acham estranho? Paciência. Também acho estranho aquelas pessoas que nunca conseguem estar sós porque dizem sentirem-se angustiadas. Cada um deve procurar o que lhe faz falta e a mim faz-me "IMENSA" falta a paz e a solidão. Convivo quando é preciso mas por obrigação. Beijinhos
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