04/05/2016

"O Carteiro de Pablo Neruda", de Antonio Skármeta

- Don Pablo, (...) estou apaixonado, perdidamente apaixonado.
A voz do poeta, tradicionalmente lenta, pareceu deixar cair desta vez duas pedras, em vez de palavras.
- Comtra quem?

Fez-me sorrir este pedacito deste clássico da literatura que estou a ler pela primeira vez. Sorri porque compreendi numa fracção de segundo aquilo que já sabia, mas que nunca havia pensado: que o amor e a paixão podem ser brandidos como uma arma, contra o próprio objecto desse sentimento. De tao arrebatador, tao profundo, o sentimento pode ferir o espaço e a natureza do outro. Irá ferir, de certeza, se for correspondido. Vão ferir-se e adaptar-se e repelir-se para se afastarem magoados, ou para regressarem um ao outro com perdões e paciência.
O amor é uma arma, de facto.

3 comentários:

  1. Muito obrigado :D Agora é so reproduzir :D

    O amor é mesmo um "pau de dois bicos". Há que haver muita confiança!

    NEW DECOR POST | It’s Picnic Time.
    InstagramFacebook Oficial PageMiguel Gouveia / Blog Pieces Of Me :D

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  2. E como todas as as armas, servem para a defesa e para o ataque, temos de ponderar bem a forma como lidar com elas.

    A dualidade das coisas e dos sentimentos.

    Bj

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  3. O amor pode ser uma arma, nem sempre o é. Quando o é talvez seja melhor analisá-lo porque alguma coisa está errada. O amor nunca deve ferir porque quem ama não quer fazer sofrer o objecto do seu amor. Não será? Faremos tudo para que a pessoa que amamos seja feliz e vice-versa. Beijinhos

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