Stress é excesso de presente.
Ansiedade é excesso de futuro.
Não sei quem é o autor, encontrei a frase no facebook, e encaixei no diagnóstico. A minha ansiedade acontece quando me esqueço de que estou no presente. Quando me deixo dominar pelas referências erradas do que aconteceu no passado, ou pela grandeza esmagadora e incógnita do futuro e isso me impede de simplesmente estar bem no presente. Carrego excessos que me desregulam e perturbam, e os passos conseguidos ao longo de tanto tempo de esforço, perseverança e desconforto parecem tão pequeninos, tão fáceis de recuar.
Sou uma maratonista, uma ultramaratonista; já fui consultada por N especialidades, tomei medicamentos talvez não de A a Z, mas seguramente de A a F ou G; já falei com pessoas com problemas semelhantes, já falei com pessoas que nunca padeceram de nada deste foro; já li testemunhos deprimidos, já li testemunhos vitoriosos; já fiz muitas coisas para tentar fugir à onda crescente de angústia interior: já cozinhei, já fiz limpezas, já tomei banho, já fui caminhar, já procurei alguém para falar, já fiz ginástica, já me fechei sozinha, já fiz arraiolos, já depilei as pernas!!! (interessantemente, a dor localizada, atenua o mal estar ao nivel da barriga e do peito), já joguei no computador, já pus música calma, já pus música alegre, já tentei exercícios de respiração e relaxamento que aprendi no yoga, já li literatura e também já li historietas ligeiras, já fui às compras, nem que seja só de pão, já fiz sudokus e str8s ( ou lá como se chama o jogo novo que vem na Dica), já pintei desenhos num livro de colorir para adultos, já vim escrever no blog, já escrevi um mail à Mary ( estás aí? Tens tão pouco tempo... Que benção, teres uma vida que amas e te ocupa! =) )... Todas estas coisas me fizeram bem em algum momento, e me falharam noutro. Não há uma receita infalível. Que bom, se houvesse...! Mesmo que fosse muito complicada de executar... A simples tarefa de ter algo complexo a executar serviria de distracção no combate à sensação física avassaladora de perder o controlo.
Independentemente de tudo o resto (idade, razões, etc.), não temos todos uma crise de ansiedade de vez em quando? Não estás exatamente sozinha nesse capítulo...
ResponderEliminarAbraço
Sim, Teté. Toda a gente sente ansiedade de vez em quando. Eu "não" sinto ansiedade em relação às coisas quotidianas de vez em quando. Na maioria das vezes, ela està presente. Tanto que já estranho se às vezes ela não aparece. Estranho e maravilho-me.
EliminarB estou aqui. Eu hoje tenho uma vida que gosto e ninguém à minha volta que me deprima. Aí está, acho eu, a chave de me sentir calma, de amar viver e de esperar sossegadamente que chegue o amanhã sem o temer. Viver segundo o padrão de vida dos outros, para agradar os outros deprimia-me porque os outros nunca estavam satisfeitos. Hoje vivo segundo o meu padrão, ao meu ritmo, sem exigir demais de mim, afinal sempre disseram que errar é humano, fazendo tudo que posso para me dedicar ao que gosto e quando não estou a fazer o que gosto penso: amanhã já é sexta feira, amanhã estarei no meu reino e a felicidade que sinto nos fins de semana enchem-me de tal maneira que consigo aguardar por eles calmamente, sem stress.
ResponderEliminarO passado já foi. Se pudesse alterava-o? Se soubesse o que sei hoje sim mas, não sabia.
No futuro sofrerei? Claro que sim? Todos nós algum dia perdemos quem e o que amamos, é a lei da vida. Penso nisso muitas vezes. Vai ser algo muito difícil de superar mas para quê sofrer com antecedência? Eu posso partir antes, não? O futuro é desconhecido e estar hoje a sofrer por ele é de loucos não achas? O que for será. Depois sei que nós quando sofremos algum choque vamos buscar forças onde não pensávamos existirem. Já passei por situações que se me tivessem perguntado se algum dia conseguia superar diria que não e, afinal, aqui estou feliz.
O hoje tento vive-lo o melhor que posso e se surgir algum problema resolverei da melhor maneira que puder. Sei que não sou perfeita mas também não exijo muito de mim porque ninguém o é e eu não sou excepção. B às vezes ajuda não pensar muito mas, o que ajuda mesmo muito é não exigir demais de nós nem da vida. Todos temos espinhos temos é que aprender a eliminá-los o mais rapidamente possível e radicalmente. Não devemos sofrer duas vezes pelo mesmo problema. Beijinhos