05/12/2015

Venho escrever ao fim de todo este tempo para dizer que sou a mesma... Tanto treino, terapia, acupuntura, tempo, fugas, dores... Mas de um momento para o outro é só a ansiedade ou o pânico ou que nome possa ter esta emoção irracional, descontrolada e subjugante... Todos os dias são de luta, em que agradeço a ausência dos medos e me admiro quando ocasionalmente consigo vivenciar alguma coisa com serenidade. Sou tocada por alguma ponta de angústia em algum momento, e aí tento metodicamente, das mais diversas formas, contornar, esquecer, vencer ou fugir do motivo dessa intranquilidade.
Mas o que fazer quando ela ataca durante a noite, e não nos deixa dormir?
À noite tudo parece maior, e eu mais pequena. O silêncio interpela-me e acusa-me. E eu tremo de forma intensa, mas sem ter frio.
Tento dizer-me que o cansaço acabará por vencer, vou adormecer e amanhã esta sensação e estes medos serão apenas como a lembrança de um sonho mau. Mas como são longos e dolorosos os minutos ou horas que dura este sonho...!

6 comentários:

  1. Nem sempre estamos bem, mas devemos continuar a nossa tarefa de vencer os nossos medos internos ou externos.
    Uma boa saúde assenta na paz interior.

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    1. Continuar essa tarefa sempre... se nós não o fizermos, quem o fará? obrigada pelas palavras!

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  2. Nunca desistir de um pensamento positivo sempre que esses medos a atacarem. E escrever faz bem, é um exercício saudável.

    Um abraço.

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  3. Um dia estava deitada, de luz apagada e comecei a sentir um barulho. Fiquei atenta, queria descobrir que barulho era aquele. Tinha tanto medo que evitava mexer-me. O medo aumentava e então lembrei-me de algo que tinha ouvido:
    Se de noite tivermos medo o melhor é levantarmo-nos e acender a luz para vermos de onde vem o barulho porque, enquanto não o fizermos não conseguimos dormir.
    Assim fiz. Levantei-me, cheia de medo e acendi a luz. Era um saco plástico que estava entre a cama e a colcha que fazia aquele barulho.
    Finalmente consegui dormir. Afinal não havia perigo.
    É fácil, não é? Basta não nos deixarmos vencer.
    Beijinhos

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