Man... Isto foi muito bom.
Se a minha apreciação geral foi influenciada por eu ser doida por este homem? Siiiim...
Se compreendo as críticas que li que diziam que aquilo é repetitivo e sem grande estrutura, apenas uma sucessão de "then this happened, then this happened, but this had happened in the meantime and then this happened"...? Compreendo perfeitamente, embora não o tenha sentido assim.
Se a minha opinião seria a mesma caso eu não fosse doida pelas músicas dos Red Hot? Provavelmente não.
O que gostei mais? De perceber o processo criativo que está por trás de alguns dos grandes álbuns desta banda genial e a inspiração para algumas músicas. As letras escritas pelo Anthony têm muitas metáforas e muitas referências sublimes ao mundo das drogas, ao amor e ao sexo, aos amigos: elementos que estiveram sempre muito presentes na sua vida, que lhe deram momentos de euforia e bem-estar mas também muitos momentos miseráveis e degradantes.
Para quem gosta dos Red Hot, para quem quer perceber um pouquinho melhor de onde toda esta exuberância veio, do que significam verdadeiramente algumas das melhores músicas que eles produziram, para quem quer conhecer um exemplo daquilo que uma pessoa não deve fazer/ser, ao ponto de criar uma relação amor-ódio com este ídolo hedonista e caprichoso, imaturo e imprudente, bondoso, humilde e despretensioso... que conheceu e cantou com os Nirvana e os Pearl Jam, que teve uma paixão desenfreada por todo o tipo de mulheres e deixa uma bênção e um obrigado a todas elas, independentemente do que causou a sua separação, que conversou e apertou a mão do Dalai Lama, que partiu as costas por saltar de uma varanda para uma piscina e acabar por cair no lado de fora, que ficou com a mão direita desfeita por um acidente de mota, que viu alguns dos seus melhores amigos morrerem jovens e estupidamente... Este é um ídolo verdadeiro. Um que é igual a nós, ou mais miserável ainda mas que, apesar disso, teve a força e a perseverança de emergir e buscar conforto fazendo-se ele próprio conforto para aqueles que passaram pelo mesmo ou, simplesmente, para os que o ouvem, através de milhões de CDs vendidos. Um herói tão verdadeiro que admite não se arrepender do caminho que calcorreou, da experiência de vida e histórias incríveis (improváveis, até) que, com toda a humildade nos conta, num tom muito simples e ligeiro.
Em suma, e porque o post já vai longo, é GRANDE livro.
nota: li a versão em inglês, porque nem sei se existe traduzido para português...
A experiência de vida de alguém acaba sempre por nos servir para resolvermos algumas situações mais complicadas e inesperadas. Beijinhos
ResponderEliminarBrown Eyes, a experiência de vida dos outros, quando bem partilhada, torna-se nossa também. =) beijinhos
EliminarOs heróis muitas vezes estão onde menos se procurão :) Se tu adoraste o livro? Não se nota nada... Nadinha :) eheheheh brincadeira.
ResponderEliminarBeijinhos
Atribuit-te um daqueles selos, não me importo que não o publiques como informo no post, é só um modo simples de referenciar que gosto do que se escreve por aqui :)
Prémio Dardos
Poppy, eu temi que não se notasse que gostei muito... para desfazer a ambiguidade, aqui fica: eu gostei muito do livro! =)
EliminarObrigada pelo selinho! Claro que o vou publicar, com liks e tudo, como deve ser! um beijinho
Procurão? Eu devo estar louca, já não chegam as trocas e faltas de letras a torto e a direito e agora ainda ecsrevo "procurão"... Português meu, perdoa-me!
EliminarNotou-se muito bem que gostaste do livro ;)
O erro não foi grave... o Português perdoa-te, de certeza... a culpa é dos teclados que às vezes nos baralham as ideias... =)
EliminarAinda estou a meio, adorei a tua crítica!
ResponderEliminarBeijinho*
Ana Flora???!! Tu, das músicas tão calminhas e tão zen no teu blog, lês a biografia do Anthony Kiedis?? Bravo!! =)
Eliminar