Imagem retirada de http://www.dyeries.com/2008_07_01_archive.html
Todos temos uma manta. Aquela da infância era fofinha, felpuda, tinha o nosso cheiro e nós usámo-la até os cantos começarem a desfazer-se e as cores serem irreconhecíveis.
A manta protege-nos do frio. E dos papões. Basta puxá-la até nos cobrir a cabeça, segurá-la com força, prender o fundo com os pés, entalar os lados debaixo do corpo. Estamos hermeticamente protegidos e dormimos sossegados.
E é horrível o dia em que nos vêm dizer, ou descobrimos por nós próprios, que a manta... é só uma manta. E que, se o frio aumentar, nós vamos congelar, apesar dela. E que, se os papões vierem mesmo, muito facilmente eles nos arrancam da nossa protecção fingida.
O que será de nós, quando isso acontecer?
E, enquanto não acontece, como poderemos continuar a apreciar a nossa manta e a dormir descansados com ela?
A inocência é a nossa manta. Quando ela acaba, acaba o sossego...
ResponderEliminarFabi, é bem verdade. Chegaste muito ao fundo da questão... =)
EliminarA manta está a ficar cada vez mais esfarrapada...
ResponderEliminarDe dia para dia, Luísa... Oxalá sejamos capazes de nos ir habituando aos poucos à sua ausência...
EliminarEu nunca tive uma manta, mas hoje em dia, precisava bem dela para me reconfortar.
ResponderEliminarCarlos, não posso acreditar nisso! =) ...mas vá, se nunca houve uma manta na sua vida, não é tarde para arranjar uma. um beijinho
ResponderEliminarBriseis quando a manta desaparecer tu começas a criar uma capa que te vai proteger e descobrirás que nem um bicho papão te poderá meter medo. Beijinhos
ResponderEliminarBrown Eyes, assim parece-me bem... =)
EliminarEu espero manter a minha manta muito tempo :) (eu tenho mesmo a minha manta, uma manta feita de retalhos de lã colorida tricotada pela minha mãe)
ResponderEliminarBeijinhos
Poppy, cuida bem dela! =)
Eliminar