05/01/2010

CAIM, de José Saramago


Terminei ontem a leitura. Foi algo penoso levá-la até ao fim porque o livro se revelou uma rotunda desilusão.
Esperava a narração da história de Caim, uma história com sentido. Afinal, o livro não é mais do que uma paupérrima trama em que Caim vai presenciando diversos momentos bíblicos, como a criação do Bezerro de Ouro pelos Hebreus, a construção da Torre de Babel, os tormentos de Job, o momento em que Abraão iria oferecer o seu filho Isac em sacrifício ao Senhor, a pedido deste último, a Arca de Noé... Em todos estes episódios (todos eles do Antigo Testamento) Deus é apresentado como uma entidade mesquinha e calculista, que brinca com os destinos das pessoas.
O livro é desprovido de sentido e de conteúdo; os temas encadeados à força uns nos outros. O único objectivo que me parece evidente é achincalhar a Igreja, nada mais.
É um triste livro, senhor Saramago.
Felizmente, comecei já a ler "As intermitências da morte", onde reconheço o génio descritivo e imaginativo que também apreciei ao ler o "ensaio sobre a cegueira".

2 comentários:

  1. Já acabaste? gosto da maneira como escreves! um dia ainda das uma liçao ao saramago e sai uma obra da tua autoria!

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  2. hum... uma obra da minha autoria??!
    naaa... eu sou melhor a criticar as da autoria alheia!!! =)

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