A minha está, fatalmente, na lista das que vão ser extintas. Assim. Sem apelo nem agravo. Caso encerrado. Declare-se o óbito.
Isto não é dito numa de "a minha é melhor que a da vizinha", mas a extinção da FMD é de uma brutalidade inconsciente. É uma região que se vê, MAIS UMA VEZ, oprimida e abandonada. É retirar uma das poucas esperanças a este interior em que ninguém tem interesse, excepto os estrangeiros e, diga-se a verdade, alguns portugueses também... São eles que chegam cá e se espantam com o que há para fazer numa região que é um tesouro vivo e que vai morrendo por os apoios não chegarem e não se fazer nada que seja verdadeiramente no sentido de o engrandecer e promover...
E os cantares das vindimas este ano soam mais tristes do que nunca.
Os 30% que foram retirados a outras fundações chegariam para nos manter a nós durante ANOS.
É uma atrocidade. Quando achamos que já não nos podem tirar mais nada, que já não nos podem diminuir mais um bocadinho,eles surpreendem-nos...
Claro que há esperança... claro que as autarquias irão fazer tudo o que for possível para fazer compreender o equívoco que se quer cometer... mas o simples facto de se propor uma coisa destas é escandaloso...
Acabam com a nossa vontade. Depois de acabarem com os nossos sonhos de uma vida melhor no dia de amanhã, depois de nos convencerem que vamos sobreviver em vez de viver, depois de nos humilharem até ao limite, acabam com a pouca esperança que tínhamos e orgulho de que, ao ficar, ao perseverar, estaríamos a ser heróicos por não desistirmos do que é nosso... Acabam com tudo. O que mais restará para nos tirarem no fim disto?
eles hão-de descobrir maneira de tirar tudo ao nada.
ResponderEliminarEl Matador, são imaginativos os estupores..
ResponderEliminarConfesso que fiquei chocada quando soube de diversas situações associadas a fundações, mas como sempre eles na vez de cortarem em fundações fantasmas associadas a entidades bancárias, vão cortar nas mais pequenas... Enfim.
ResponderEliminarBem o assunto que me trás a estes lados é outro, passaram-me um desafio de escrita, um pequeno conto a várias mãos estilo "acrescenta-me um ponto" sentes-te com coragem para seguir para frente com ele?
Beijinhos
Poppy, é que é mesmo este o caso... Fundações essenciais para a valorização de uma região extinguem-se e um milhão de outras, que ninguém sabe que existem ou para que servem, não são beliscadas...
ResponderEliminarEnfim... venha de lá esse desafio... não há-de ser grave...
Já está lançado... É só continuar a história do post "Acrescenta-me um ponto", todos os parágrafos foram escritos por pessoas diferentes, daí a dificuldade em desenvolver a história, agora amanha-te :)
EliminarO círculo do poder é isso mesmo, um círculo, pois anda à roda e eles lá vão rodando entre eles e protegendo-se uns aos outros.
ResponderEliminarÉ como diz o outro: "Que se lixem!".
Mas isto está aficar parecido com uma panela de pressão, e vamos a ver se a tampa não estoira.
Cortar?? Haveria muito onde cortar, o problema é que não interessa nada a quem lá está. A quem lá está e a quem anda à roda de quem lá está.
A gente vai sabendo destas coisas e parece que o coração se aperta cada vez mais.As lágrimas ficam presas e já nem saem dos olhos. De cada vez que se sabe de mais alguma desumanidade destas políticas parece que nos estão a bater com um chicote...na alma. Somos todos escravos e temos de nos vergar a esta coisa que manda nas nossas vidas sem dó nem piedade. Resta-nos rezar e tentar não deixar morrer o que ainda resta de esperança dentro de nós. Olha...coragem...não sei se isto vale mas estamos todos no mesmo barco :|
ResponderEliminarUtópico, anda à roda e à roda e os que lá andam nunca enjoam... ora bolas...
ResponderEliminarFabi, "escravos" é uma palavra que nos assenta cada vez melhor... até pela nossa indolência...