A transparência é uma qualidade de beleza unilateral. É bonita para quem a vê. E é um problema espinhoso para quem a carrega...
E é uma meretriz, também... porque se bamboleia diante dos que querem olhar, sem dar nunca a garantia de que a sua dança vistosa seja a sua verdadeira essência...
(imagem retirado do filme Atonement)
Oh "Briseis, Briseis, Briseis"... A transparência é uma qualidade!! Ser transparente é algo ao alcance de poucas pessoas!
ResponderEliminarNão concordo com as tuas afirmações!!... Meretriz?!?! Só é defeito a transparência, quando o que se vê é negativo!... Mas quando não se tem qualidades para valer a pena transmitir, não se consegue ser transparente!!
Já agora, quem consegue ver essas transparências?
Assim me despeço com um simples até já, "minha transparente Briseis"!
Ser transparente está "ao alcance de poucas pessoas", porque ninguém busca ser mais transparente. Por aí se vê que não é lá muito bom... Quer dizer, até pode ser bom e apreciável, mas não é fácil...
ResponderEliminaraté já, então...
Concordo consigo, no plano da sociedade civil ( não da classe política...)
ResponderEliminarSer transparente, num mundo onde as pessoas se armadilham umas às outras é um perigo, porque nunca se sabe quem está de lado do lá e como se pode aproveitar da transparência de alguém.
Carlos, obrigada pela compreensão. É precisamente o que eu quero dizer... =)
ResponderEliminarGosto de transparência, mas a palavra parece-me excessivamente mal empregue nos tempos que correm, especialmente pela classe política. Todos a arrogar-se de grande transparência... e depois é o que se vê! Antes o cinzentismo e a opacidade, se a transparência for isto... ;)
ResponderEliminarTeté, é bem verdade... =)
ResponderEliminarEm nome da transparência já vi acontecer cada coisa...
ResponderEliminarEstou a gostar de ver que a transparência, que supostamente é uma coisa tão linear e desejável, suscita comentários tão controversos... =)
ResponderEliminarPode ser uma virtude mas carrega os seus perigos. Por vezes mais vale ser invisível.
ResponderEliminarLuísa, concordo completamente!
ResponderEliminarAntes de mais, a imagem é linda, e o filme é genial com interpretações extraordinárias, mas cujo fim me deixou um amargo de boca que não consigo qualificar.
ResponderEliminarVoltando-me para as transparências, em tempos idos, tempos de genuina ignorância ou talvez ingenuidade, seria capaz de me bater em palavras contra quem dissesse coisas como "E é um problema espinhoso para quem a carrega...", mas nesta curta vida em que já vi de tudo um pouco só tenho a dizer, primeiro, ninguém é perfeito, as pessoas transparentes são transparentes quanto às suas qualidades e defeitos, se lidarmos com pessoas tão transparentes quanto nós, para mim tudo bem, o problema é quando lidamos com pessoas a quem abrimos toda a nossa janela e elas nem a opaca cortina da sua afastam, e para piorar, quando menos esperamos elas agarram em pequenos defeitos ou erros nossos e os arremessam contra nós em jeito de pedrada.
E assim se gira, as pessoas transparaentes acabam por ter de lidar com o seu espinhoso problema, ou se isolam com medo do mundo, ou ficam mais frias de modo a adaptar-se a sociedade.
Sim Briseis, nesta altura da minha vida concordo de todo com o que foi dito.
(Desculpa a esticadela nas palavras :p)
Poppy, o filme é lindo de ser ver mas muito mau de se sentir... é das histórias mais tristes e revoltantes que já conheci! Enfim...
ResponderEliminarA "esticadela" nas palavras está desculpadíssima... foi isso tudo que eu tentei dizer, mas num texto um cadito mais curto... =)
Eu também adorei o filme mesmo... corrobora com aquilo que eu acredito... ainda é pior uma coisa não existir depois de termos imaginado como podia ter sido .... :(
ResponderEliminarÉ... é muito mais doloroso descobrir que aquilo em que acreditávamos não existe do que viver desde o início com a pequena tristeza de saber a verdade.
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